No noticiário das 13h de hoje da RTP, uma das notícias dizia respeito a uma cadela pastor-alemão que adoptara como filhos dois porquinhos, amamentando-os.
O caso passa-se em Vila Verde, Portugal. A cadela e uma mãe porca deram ambas à luz na mesma noite. Como a ninhada da porca era maior do que a sua capacidade de amamentação (11 tetas) e como a cria da cadela não sobrevivera, os donos de ambos os animais retiraram dois porquinhos e colocaram-na junto da cadela, a ver o que dava. E a cadela aceitou-os como filhos. Os donos prometem que esses dois porquinhos serão especiais e que não os hão-de matar, só morrerão de velhos!
Já não é novidade a adopção entre espécies diferentes. Mas são casos que, a nós sere humanos, ainda nos causa maravilhoso espanto. Porquê? Talvez pelo contraste de comportamentos. Muitas vezes ainda se faz selecção de cor de pele quando se trata de adoptar crianças. E vão abundando as notícias de pais e mães naturais que abandonam, maltratam e molestam sexualmente os próprios filhos, mesmo bebés. Isaías 49:16 certifica esse facto.
Numa aula de Psicologia da Educação, do curso de Profissionalização em Serviço que estou a fazer na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o professor apresentou uma série de lugares comuns sobre o comportamento humano e convidou-nos a pronuciarmo-nos sobre os que achávamos verdadeiros e falsos. Um deles era sobre o instinto materno no ser humano. Assim, ao contrário do que comummente se pensaria, o instinto materno seria inexistente no ser humano, mas herdado geneticamente nos animais. No ser humano, seria um comportamento adquirido.
Face aos casos expostos, não será verdeira esta conclusão? Suponho que esta se baseia em estudos sobre o comportamento das espécies, e não numa simples especulação filosófica. Será que o pecado, a velha doutrina bíblica fora de moda segundo a qual o homem é um ser tendencial e prevalentemente degenerado é suficiente para explicar tudo isto? Estou inclinado a responder afirmativamente.
Mães e pais que lerem este texto, pronunciem-se.
6 comentários:
Existe um velho ditado que diz que "parir não é amar".
Acredito que fisiologicamente as mães têm componentes genéticas que são anteriores ao nascimento dos bebés e que são accionadas aquando da sua gravidez.
Mas, serão os bebés que terão um papel preponderante na estimulação emocional das mães aquando do nascimento, porque as estruturas emocionais não fazem parte das componentes genéticas, os comportamentos não se herdam, quando muito, herdam-se predisposições para...
Acredito que o homem também é assim quanto ao pecado. David dizia que em pecado o concebeu sua mãe.
O homem herda a predisposição para o pecado, está na sua componente genética.
Cabe ao homem desenvolver ou não esse comportamento.
De uma coisa temos a certeza: não há um justo sequer, e, todos pecaram.
Obrigado pela tua tua achega. Foi pertinente. Com efeito, o que dizes é o que consta relativamente ao "instinto materno" entre seres humanos.
E relativamente ao pecado, as coisas funcionam de forma análoga.
Sou mãe adoptiva. Perguntava-me muitas vezes como iria eu reagir com a chegada do meu filho de coração. Como iria amá-lo? O que iria sentir? Apesar de no meu coração haver um lugar imenso para o receber, inquietava-me. Quando recebi a minha filha o amor que sentia por ela revelou-se a partir dali. E dia a dia o meu instinto materno foi-se desenvolvendo, crescendo, aperfeiçoando. Acredito que geneticamente algo dentro de nós existe, mas creio também que esse amor é uma aprendizagem e uma escolha.
Bom post!
Obrigado, Vilma, pela teu contributo e partilha de exepriência. Eu ainda não sou pai, mas espero ser. Em todo o caso, vou-me casar este ano, e herdarei já três filhos da minha noiva! Ainda não sei como o viverei, mas certamente que a graça de Deus me assistirá. Nessa alturqa, poderei, em, termos práticos, pronunciar-me.
Rui, 3 filhos?
Amor e coragem é que pareces ter!
Que Deus te abençoe a ti e à tua futura família.
É verdade, três enteaditos, respectivamente de 18, 15 e 5. A minha noiva casou-se aos 18 anos.
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