sexta-feira, novembro 02, 2007

Design Inteligente e evolucionismo

Para os interessados nos debates entre Darwinismo e Design Inteligente, entre Evolucionismo e Criacionismo, é de visitar Design Inteligente.
Aí encontrarão algumas notícias, reflexões, extracções de artigos e livros sobre o tema.
Se és daqueles que torce o nariz à história da carochinha da evolução amiba-até-ao-homem, colherás alguma informação interessante, ao mesmo tempo que te rirás com o tatebitate, e a "fé" com que os maiores profetas do evolucionismo (caso do inefável biólogo ateu Richard Dawkins) pregam a sua doutrina. Porque é mesmo de rir. Se, porém, és dos que juram que a evolução é um facto, será caso para pensar um pouco, te auto-questionares e pelo menos adoptar atitude de humildade científica, admitindo que podes ter de estudar melhor...

sábado, setembro 29, 2007

Boas e más notícias II: a boa notícia

Na segunda-feira, a ecografia e os resultados da amniocentese revelaram que a criança esperada é uma menina. E que se encontra bem.
O meu desejo e oração de há muito era por uma menina.
E já tem nome: Caroline Sophie. Com sonoridade francesa. Como vivemos em França e por aqui contamos viver ainda uns anos, teríamos de suportar o horror de ouvir a pronúncia Carroliná Sofiá, em francês! Só por isso a opção pela fonologia local. Em Portugal, se no nosso país não autorizarem o galicismo, será naturalmente Carolina Sofia, ou Sophia. A Cristina, a mãe, é Christine de resgisto francês, mas Cristina foi obrigada a ser ao regressar a Portugal aos 10 anos. Como a criança terá um dia dupla nacionalidade, pode perfeitamente ser nomeada à francesa em França, e à portuguesa em Portugal.
O princípe Charles de Inglaterra é Carlos em Portugal, a mãe Elisabeth no seu país e Isabel no nosso. Pas de problème!
Quanto à razão da escolha, queríamos que o nome fosse uma declaração profética do que confessamos sobre a criança e que cremos será parte da sua vida (procedimento correntemente atestado nas culturas humanas, hebraica bíblica e não só). Carolina (ou Caroline) como homenagem à bisavó e porque este nome é forma feminina de Carolino, derivado de Carlos, por sua vez proveniente do germânico Karl, ao que consegui saber, com o sginificado de de "forte, viril". Sofia (variantes Sophia e Sophie) é grego, e significa "sabedoria".
O nome desta criança será pois um híbrido e significará "forte sabedoria". E assim cremos que a sua vida assim o confirmará.

Boas e más notícias I: a má notícia


Maria Carolina, minha avó, 6/06/1923 - 23/09/2007

Na sequência de um AVC e 7 horas de coma, expira a minha avó materna. Quase ao cabo de uma semana de aparecer com um pé roxo e frio e de internamento, e quando o seu estado dava sinais de evolução positiva.
Todos nós, na nossa família, nos lembramos do seu humor e boa disposição. Fomos tocados pela candura do seu coração, pela simplicidade, ingenuidade, ternura, simpatia, lindo sorriso com que se relacionava com os outros. Mostrava-se generosa e sempre pronta a acreditar nos outros e simples na sua fé. Era uma simplicidade de criança, sem malícia. As experiência de vida que lhe endureceram o carácter (só chorava quando se comovia com um filme ou telenovela, ou com os netos, e nunca a conheci com tendência para se deprimir ou se lamuriar), respondia com humor. Um exemplo foi — contaram-me — quando deu entrada no hospital. O médico perguntou-lhe como se chamava e ela respondeu: Maria Carolina Roseira Martins. Nisto, toca na mão do médico e pergunta-lhe se gostava do seu nome. Ao que ele respondeu que sim, que era o nome de pessoas importantes, como a Princesa Carolina do Mónaco. Ao lhe perguntarem quem a acompanhava, terá apontado para a filha, minha mãe, e terá gracejado que esta estava muito acabada! Queixou-se da sopa que lhe serviram, que qualificada como “água de lavar couves”! E mostrava-se lúcida e consciente do seu estado de saúde e da idade que tinha, com dúvidas de que chegaria a ver o bisneto. Houve tantas outras situações em que nos rimos com ela, por coisas comentários ou observações ditas com graça a propósito de tudo e de nada, às vezes por ignorância, em virtude do seu baixo nível de estudos, ou simplesmente por simplicidade infantil, tantas que não me consigo agora lembrar de nenhuma em particular. Fizeram parte da nossa vida em comum durante os 38 anos em que fui seu neto. Destaco apenas as mais recentes situações, por serem as mais recentes e por serem reveladoras desse humor de quem parecia passar ligeira pela vida.
Todos nós nos fomos habituando à sua presença. E, apesar de a saúde, a robustez, agilidade física e intelectuais diminuírem, as dificuldades na saúde se acrescentarem (normal com o avançar da idade), fui-me (fomo-nos) acostumando a ver os seus anos acumularem-se. A sua presença tranquila e doce impunha-se. E resistindo a braços fracturados, quedas ou constipações. Como a Duracell. Inconscientemente, sabia (sabíamos) que mais tarde ou mais teria de partir, até por ser a mais velha da família. Mas vê-la durar dava a impressão de que ainda a veríamos testemunhar o nosso próprio envelhecimento, e acomodei-me (acomodámo-nos) a isso. Pessoalmente, esperava que ainda conheceria a sua bisneta. Partiu na véspera de saber que a criança esperada é uma menina, ao menos isso, pois teria de viver até fim de Janeiro para a conhecer.
Assim o Senhor não fez. E embora esteja triste por isso, e muito me custe que ela não venha a partilhar desse momento por vir, sou imensamente grato a Deus por ter prolongado os seus anos até aos 84. Bonita idade. E por ter permitido que não sofresse, por não ter passado uma dolorosa sobrevivência a um acidente vascular cerebral. Grato ainda muito mais por tê-la tido como avó e como pessoa. Pela bênção que foi para mim. Por tê-la amado tanto e ter sido igualmente tão amado por ela. Posso dizer que, ao contrário do que sucede com muita gente, que nestes momentos expressam remorsos e concluem por não terem presenteado o familiar falecido com bastante amor, carinho, simpatia, atenção, tenho paz no meu coração por — apesar de algum afastamento meu a partir de 1991, em virtude da minha vida profissional, tendo saído da casa dos meus pais e passado a residir longe da Amadora, com visitas de longe em longe, curti (passo o termo) a minha avó velha. Aproveitei-a bem. Não posso dizer: não lhe expressei amor as vezes suficientes. Não sinto que lhe ficasse a dever alguma coisa. Não. Recebi e dei.

Chorei convulsivamente quando recebi a notícia do AVC, orei, clamei a Deus em desespero, lutei contra qualquer influência que Satanás tivesse nessa doença. Ao receber a notícia do desfecho, não chorei tanto. Era um desfecho previsível e natural, face ainda à ao quadro de arteriosclerose e diabetes, pois deste lado da eternidade ainda estamos sujeitos à morte física, apesar de Deus ser Senhor de milagres e da cura. E é possível que ainda venha a chorar… então, que chore tudo o que tiver a chorar, pois, se a vida continua, nem por isso se deixa de chorar quando se sofre uma grande perda.
É pois desta velhinha querida, a minha velhinha, que me despeço, que digo adeus no meu coração. Que descanse em Jesus tinha sido a minha oração por ela, pois quem quer que invoque este nome será salvo (Actos 2:20).

sábado, setembro 15, 2007

Mais bebés na família!

Ficámos a saber que o meu cunhado José Fernando, irmão da Cristina, também vai ser pai, no Brasil. O nosso bebé nascerá no início de Fevereiro, o nosso sobrinho em Maio.
Grande geração de profetas se avizinha!
Parabéns ao Zé Fernando e à Zelinda!

domingo, julho 15, 2007

Primeira foto oficial do meu bebé


Dia 9/07/07 com 12 semanas de gravidez e 5,35 cm de dimensões.
Foto a 3D de Ecografia. Levanta os braços à cabeça e o ginecologista (Hôpital Mont Saint Martin) tira o instantâneo. Segundo o médico, dizendo:
— Ai que pais tenho eu!
Quanto a mim, expressão de louvor ao Senhor.

quarta-feira, julho 04, 2007

Vou ser pai


A Cristina está grávida, novamente. Vai em cerca de 12 semanas. Tudo bem, excepto que ela está com constantes indisposições, o que não deixa, no entanto, de ser normal. E vai, como se prevê, passar toda a gravidez de baixa, dada a natureza do seu trabalho, a 5 à sec, de pé, em esforço.
Glória a Deus!!! Em Outubro, morreu-nos a Melissa, aquela que teria sido uma abelhinha (significado deste nome em grego, e que sempre desejei dar a uma filha). Se de facto de uma menina se tratava — mas um dia dia a conheceremos, ressurrecta. Mas esta criança será nossa, pois é promessa de Deus para nós. E como João Baptista, protetizo que será cheia do Espírito Santo ainda em feto, e como Jeremias já é conhecida e foi chamada, para ministério profético.
Será a minha querida — assim desejamos — filha.

Na segunda-feira, a primeira ecografia.

Que alegria!

domingo, junho 17, 2007

Mariza no Luxemburgo


No sábado 12 de Maio, no Grande Auditório da Philharmonie do Luxemburgo, concerto integrando no programa de Luxemburgo capital europeia da cultura 2007. Sala cheia, esgotada desde havia muito. Público de Portugueses, Luxemburgueses e outros (ouvi falar espanhol cá fora) rendido. O muito mal que a Mariza fala francês está desculpado pelo português que falou e cantou poetas do seu país. Memórias da sua e nossa terra, com cheiros de África, na frieza desta Europa que descobriu este calor do fado. E nós, Portugueses, redescobrimos.
Que pena que outros não falem esta língua, que, "que com pouca corrupção crê que é a latina", como escreveu Camões (Os Lusíadas 1.33). Não sei, por isso, quem serve quem, se foram os poetas portugueses que escreveram para a Mariza os cantar, ou se a foi a sua voz que nasceu para os cantar.
Convite já para voltar no próximo ano.
Noite momorável para mim e a Cristina.

segunda-feira, maio 28, 2007

Finalmente, um milagre!

Um milagre.
E se ainda o não pude relatar, foi especialmente por falta de tempo. Mas este é um motivo que bem mais se pode tornar desculpa, e ser revelador de alguma ingratidão. Porque o que é bom é para testemunhar, e o Espírito de Deus lembrou ao meu espírito as palavras da Escritura: não desprezar o dia das coisas pequenas, dos pequenos e modestos começos.
Estava eu para regressar a Portugal, pois nenhuma porta se abria aqui, e em Portugal tinha-me sido atribuído serviço numa escola em Mafra, como professor do quadro da zona pedagógica do Oeste, até ao fim do ano lectivo. Teria, na sequência, de concorrer para o próximo ano a afectação a escola. Após isso, e se tivesse de ficar em Portugal, a Cristina iria ter comigo em Setembro com a filah. Teria assim que o plano de Deus seria o nosso regfresso.
Deveria ser-me enviado um ofício por e-mail, a confirmá-lo. Regressar a Portugal era a solução menos desejada, por me obrigar a separar-me da minha mulher.
Como o ofício demorasse a chegar, o meu pai soube que tinha sido enviado para um endereço electrónico errado, por volta do dia 20 de Abril! Rectificado o erro, recebi novo e-mail da DREL no dia 2 deste mês, com instruções para me apresentar até ao final (sexta dia 4) dessa semana na escola. Consumava-se o facto de ter de partir para Portugal, e a tristeza da perda de todos os sonhos enchia-me a alma. Não só Deus porta alguma abrira, como também teria de me separar da minha mulher. A única coisa que consegui foi negociar com a escola, por telefone, pedir mais uma semana, pelo menos, para me apresentar, justificando o facto com motivos familiares e por residir no estrangeiro, tendo de fazer uma exposição por correio electrónico. Fá-lo-ia até essa sexta-feira. O possível regresso a Portugal, que aceitáramos pudesse ser a boa, perfeita e agradável (embora incompreensível e bizarra) vontade de Deus para nós, e por isso a ela só nos restaria a submissão era iminente. Eu compremetera-me a responder até sexta-feira. de E a dor agudizava.
E orávamos, há algum tempo, pelo milagre de uma solução para eu ficar. Cremos, e outros connosco, que o Senhor o poderia fazer, ainda que no limite. Não seria já o primeiro caso.
Na quinta-feira dia 3, dizia eu ao meu pastor, por telemóvel, que a minha partida era decisão necessária e tomada, liga-me a Cristina para po fixo, para me comunicar com urgência que o patrão de uma blanchisserie com que a 5 à Sec trabalha tinha ele próprio ido fazer as entregas à loja pois um dos empregados estava doente, e necessitava imperativamente de contratar um homem para serviço misto de oficina e entregas. Ficou eufórica! Logo ela falou de mim. E eu deveria apresentar-me, se quisesse, no dia seguinte, sexta, às 7h30, para trabalhar. Sem entrevista. Início imediato. A 4 de Maio.
Nas horas vagas — que agora são em menor número — lá me vou dedicando aos tais outros projectos.

quarta-feira, março 21, 2007

De volta a velhos projectos



Ainda à espera da porta aberta em termos laborais, estou de volta a velhos projectos. Designadamente, o da tradução da Bíblia, no âmbito da revisão da tradução interconfessional em Português corrente "A Boa Nova".
Couberam-me alguns dos apócrifos (ou deuterocanónicos) do Antigo Testamento, redigidos em grego (como não sei hebraico, nenhuma contribuição pude ter nos canónicos). No momento, ocupo-me do 2º de Macabeus.
Entre a leitura e a compreensão do texto grego, a comparação com outras versões (entre as quais as portuguesas dos frades capuchinhos e uma inédita da Sociedade Bíblica do Brasil) e a busca do melhor equivalente de cada vocábulo e de cada expressão, num português corrente mas primoroso, e que não traia, tanto quanto possível, a literalidade e literariedade do original, o trabalho prossegue, devagar.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Estado da NAÇÃO

Após a vitória do "sim" no referendo "fracturante" sobre a despenalização (na verdade uma liberalização) do aborto e quando o Ministério da Educação propõe, entre os critérios de pontuação dos candidatos à nova categoria de professores titulares, a falta de assiduidade "independentemente da sua natureza", como reza o artigo 8.º 11.b) (incluindo licenças e dispensas, por doença, maternidade, amamentação, assistência a familiares, nojo, formação, cumprimento de obrigações, etc.) , caso único — e ilegal — entre as profissões em Portugal, transcrevo um comentário de uma leitora à notícia do Público online a este propósito. Sintetiza brilhantemente o estado do do Estado e da nação portuguesa. Em particular sob a governação socrática, pouco inspirada porém na filosofia do antigo homónimo de Atenas, que esse dizia "só sei que nada sei", ao seja, tudo estaria por descobrir e investigar mais. O Sócrates português, e seus inspirados ministros, pelo contrário, pro-activamente agem como se soubessem que tudo sabem.

"Parece impossível mas é verdade...Os dirigentes ...
Por Antónia Portugal - Lisboa
Parece impossível mas é verdade... Os dirigentes socialstas estão empenhados em criar um modelo de desenvolvimento do país baseado na mão de obra barata e precária ( ministro da economia); no sacrifício dos trabalhadores e das suas famílias ao trabalharem mesmo doentes e claro que nunca devem assistir familiares ou pensarem sequer em terem filhos e devem ter de preferência contratos precários (ministros da educação e da segurança social); no envelhecimento da população activa, sem a devida assistância médica - fecho de urgências e maternidades e no impedimento da renovação das gerações - desinsentivo à natalidade e apoio ao aborto - ( ministério da saúde)... ASSIM NÃO!!! Por este caminho, o país irá afundar-se e a sua população voltará a níveis de vida semelhantes aos do Estado Novo... SERIA UMA VERGONHA INTERNACIONAL..."

Lemos. Mas agora, como cristãos, não nos é encomendado que apontemos o dedo. Face ao erro, oremos pelos governos e principalmente por que Deus levante o Seu povo para cumprir a missão que lhe é dada: ser a luz, guia, condutora e segurança social das nações (Isaías 60).

Notícia de um futuro próximo: Aborto clandestino aumenta entre a classe docente

Pois é. As professoras portuguesas terão mesmo de abortar para não faltar por maternidade. Mas como abortar pode igualmente implicar faltar, restar-lhes-á de duas uma: ou o aborto clandestino (rápido, tudo fica despachado numa manhã ou numa tarde, sem pós-operatório, com alta ultra-rápida) ou o planeamento familiar com opção pelos zero filhos, ou a abstinência sexual.
É o que decorre do resultado do referendo e das novas propostas do governo.
NÃO PERCA, JÁ A SEGUIR!

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Comparticipações na saúde e aborto

Vi há pouco no noticiário da RTP Internacional que os custos dos medicamentos estão a aumentar para os pacientes consumidores. Isto porque, apesar de os respectivos preços terem descido, as comparticipações do Estado também baixaram, sendo que, no cômputo, os clientes das farmácias ficam a perder.
Através de uma rápida pesquisa na internet, fiquei a saber que, ao saber, a a Associação Nacional de Farmácias teria conseguido conquistar o direito a escoar os stocks em armazém aos preços antigos, antes de pôr à venda os novos stocks aos preços novos. Uma estratégia de mercado que dará lucros tanto para o Estado (que assim desinveste na saúde) e para as farmácias, mas prejuízos para os pobres doentes.
O Estado se tem progressivamente descomprometido com o financiamento da saúde e das comparticipações sociais. Os doentes, especialmente os reformados, e
os que sofrem de uma deficiência são os principais prejudicados. E com o actual governo a tendência se tem acentuado, em nome da redução do deficit.
Perante isto, pergunto o que pensam fazer caso o "sim" à "despenalização" do aborto vença o referendo de 11 de Fevereiro, e a maioria que sustenta o governo faça aprovar a legislação conforme a vontade expressa dos cidadãos que votarem. Em coerência, será de esperar que venha a haver alguma forma de comparticipação aos abortos livres — como existe em outros países. Além de se esperar que as listas de espera das instituições públicas de saúde para operações aumentem, na procura e no tempo de espera, uma vez que será necessário cativar espaços e recursos para os abortos até às 10 semanas, pois este tipo de intervenção é incompatível com longas esperas.
Ou então começaria por comparticipar, para depois reduzir tais comparticipações. Afinal, seria apenas mais um corte orçamental, como tantos outros, em tantas áreas. E a batalha pelo aborto "despenalizado" seria mais uma
paixão de um governo de Portugal: forte, intensa, publicamente jurada, mas fátua, rapidamente esvaziada.
Como quer que seja,
se o governo e o partido que o suporta não comparticiparem, ou se comparticiparem pouco, faltarão às promessas e frustrarão as expectativas lançadas na campanha, e a novo lei, deste modo, nada alterará quanto ao mal do aborto, clandestino ou legal. Pior será se mantiverem tais comparticipações, sustensadas pela inevitável redução de outras. Neste caso, foi quem os elegeu com esperança de mais atenção e sensibilidade social que se sentirá defraudado.

Com esta revolução, prepara-se a iniquidade de desinvestir na vida e de subsidiar a morte. Além de que, um dia (repito: se o "sim" vencer), quando se fizer o balanço, este será negativo. E o governo e os deputados da Nação apoiantes da "despenalização", hoje em exercício, serão responsabilizados?

Em França, onde existe uma lei de liberalização, e onde os abortos são comparticipados (como, repito, em outros países), já há quem deseje voltar atrás, dado o pernicioso efeito sobre a natalidade do país.

São questões simples, do mais elementar senso comum, da parte de alguém que socraticamente assume
ignorância mas que se pergunta, que aqui deixo. Estou certo de que igualmente muitos outros já se colocaram este tipo de questões. Seria bom que os ingénuos defensores do "sim" pensassem e respondessem.

sábado, janeiro 27, 2007

Primeiras neves em Saulnes, Lorraine (Lorena em português) 26/01/2007

"Batem leve, levemente,

como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.


É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu! …" (em BALADA DA NEVE, de AUGUSTO GIL )





Após um começo de Inverno anormalmente doce, ei-la, a leve e fria neve.
Como Augusto Gil, também tinha saudades dela. No ano passado, por esta altura, já caíra, ainda que, como me contam, o grande nevão tenha sido em Fevereiro. Por esta altura, estava em Portugal, em Chaves, na planície, onde não nevara. Sim, só em pontos mais altos. E em Lisboa, e no Alentejo. Eu apenas a vira nos picos das serras.
E graças a Deus, ao contrário de Augusto Gil, que a saudade agora satisfeita da neve não deu lugar à visão desolada dos pés nus de criança enterrados nessa brancura fria, e à pergunta feita a esse Deus por que razão permitira tão injusta visão. A criança, aqui, bem agasalhada, está somente maravilhada, a posar solícita para a foto, e brinca.

Eu e Eunice (ou simplesmente Nice), minha filha (já não lhe chamo enteada) à porta da nossa casa.


quinta-feira, janeiro 18, 2007

Em que Jesus crer?

Recebi esta citação na mensagem diária do portalevangélico, por correio electrónico.
Dificilmente encontrarei uma afirmação tão lapidar a este respeito.

"Hoje, quase no vigésimo primeiro século da era cristã, nós temos uma decisão a tomar. A qual relato devemos dar crédito – ao das quinhentas testemunhas oculares que viveram naqueles dias, ou ao dos cépticos “eruditos” que viveram mil e setecentos anos depois dos acontecimentos? Se nossa decisão baseia-se na evidência e não meramente na aversão pelo sobrenatural, há somente uma escolha: Jesus de facto ressuscitou dentre os mortos."
(Tim LaHaye; Um Homem Chamado Jesus; UP; pp. 295)

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Ano Novo

Ano Novo, vida nova — sói dizer-se.
E fazemos planos, e escrevemos alvos e votos. Eu também fiz alguns.
Um deles é a resposta que busco de Deus à petição e à busca que tenho feito: emprego. Porque Ele diz e garante que quem pede recebe, e que quem busca acha. Que temos esta confiança: que Ele nos responde afirmativamente quando oramos segundo a Sua vontade. E que a toda semente produz uma colheita.
Creio e tenho confinça que a porta se abrirá — outra garantia dele. Que Ele mesmo a abrirá.
Só que seja bem depressa… Está a ficar carga para elefante carregar.
Mas com Ele, tenho mais força do que elefante. E creio que este será um ano de abundância para os que confiam nele.
Próspero ano para todos.