Nova vida, abundante vida, tudo quanto pode proporcionar um encontro pessoal e radical com uma pessoa especial. A contracultura da nova criação, em Jesus Cristo. N.B.: Este blog está em desacordo com o chamado novo acordo ortográfico de 1990.
sábado, setembro 29, 2007
Boas e más notícias II: a boa notícia
O meu desejo e oração de há muito era por uma menina.
E já tem nome: Caroline Sophie. Com sonoridade francesa. Como vivemos em França e por aqui contamos viver ainda uns anos, teríamos de suportar o horror de ouvir a pronúncia Carroliná Sofiá, em francês! Só por isso a opção pela fonologia local. Em Portugal, se no nosso país não autorizarem o galicismo, será naturalmente Carolina Sofia, ou Sophia. A Cristina, a mãe, é Christine de resgisto francês, mas Cristina foi obrigada a ser ao regressar a Portugal aos 10 anos. Como a criança terá um dia dupla nacionalidade, pode perfeitamente ser nomeada à francesa em França, e à portuguesa em Portugal.
O princípe Charles de Inglaterra é Carlos em Portugal, a mãe Elisabeth no seu país e Isabel no nosso. Pas de problème!
Quanto à razão da escolha, queríamos que o nome fosse uma declaração profética do que confessamos sobre a criança e que cremos será parte da sua vida (procedimento correntemente atestado nas culturas humanas, hebraica bíblica e não só). Carolina (ou Caroline) como homenagem à bisavó e porque este nome é forma feminina de Carolino, derivado de Carlos, por sua vez proveniente do germânico Karl, ao que consegui saber, com o sginificado de de "forte, viril". Sofia (variantes Sophia e Sophie) é grego, e significa "sabedoria".
O nome desta criança será pois um híbrido e significará "forte sabedoria". E assim cremos que a sua vida assim o confirmará.
Boas e más notícias I: a má notícia

Maria Carolina, minha avó, 6/06/1923 - 23/09/2007
Na sequência de um AVC e 7 horas de coma, expira a minha avó materna. Quase ao cabo de uma semana de aparecer com um pé roxo e frio e de internamento, e quando o seu estado dava sinais de evolução positiva.
Todos nós, na nossa família, nos lembramos do seu humor e boa disposição. Fomos tocados pela candura do seu coração, pela simplicidade, ingenuidade, ternura, simpatia, lindo sorriso com que se relacionava com os outros. Mostrava-se generosa e sempre pronta a acreditar nos outros e simples na sua fé. Era uma simplicidade de criança, sem malícia. As experiência de vida que lhe endureceram o carácter (só chorava quando se comovia com um filme ou telenovela, ou com os netos, e nunca a conheci com tendência para se deprimir ou se lamuriar), respondia com humor. Um exemplo foi — contaram-me — quando deu entrada no hospital. O médico perguntou-lhe como se chamava e ela respondeu: Maria Carolina Roseira Martins. Nisto, toca na mão do médico e pergunta-lhe se gostava do seu nome. Ao que ele respondeu que sim, que era o nome de pessoas importantes, como a Princesa Carolina do Mónaco. Ao lhe perguntarem quem a acompanhava, terá apontado para a filha, minha mãe, e terá gracejado que esta estava muito acabada! Queixou-se da sopa que lhe serviram, que qualificada como “água de lavar couves”! E mostrava-se lúcida e consciente do seu estado de saúde e da idade que tinha, com dúvidas de que chegaria a ver o bisneto. Houve tantas outras situações em que nos rimos com ela, por coisas comentários ou observações ditas com graça a propósito de tudo e de nada, às vezes por ignorância, em virtude do seu baixo nível de estudos, ou simplesmente por simplicidade infantil, tantas que não me consigo agora lembrar de nenhuma em particular. Fizeram parte da nossa vida em comum durante os 38 anos em que fui seu neto. Destaco apenas as mais recentes situações, por serem as mais recentes e por serem reveladoras desse humor de quem parecia passar ligeira pela vida.
Todos nós nos fomos habituando à sua presença. E, apesar de a saúde, a robustez, agilidade física e intelectuais diminuírem, as dificuldades na saúde se acrescentarem (normal com o avançar da idade), fui-me (fomo-nos) acostumando a ver os seus anos acumularem-se. A sua presença tranquila e doce impunha-se. E resistindo a braços fracturados, quedas ou constipações. Como a Duracell. Inconscientemente, sabia (sabíamos) que mais tarde ou mais teria de partir, até por ser a mais velha da família. Mas vê-la durar dava a impressão de que ainda a veríamos testemunhar o nosso próprio envelhecimento, e acomodei-me (acomodámo-nos) a isso. Pessoalmente, esperava que ainda conheceria a sua bisneta. Partiu na véspera de saber que a criança esperada é uma menina, ao menos isso, pois teria de viver até fim de Janeiro para a conhecer.
Assim o Senhor não fez. E embora esteja triste por isso, e muito me custe que ela não venha a partilhar desse momento por vir, sou imensamente grato a Deus por ter prolongado os seus anos até aos 84. Bonita idade. E por ter permitido que não sofresse, por não ter passado uma dolorosa sobrevivência a um acidente vascular cerebral. Grato ainda muito mais por tê-la tido como avó e como pessoa. Pela bênção que foi para mim. Por tê-la amado tanto e ter sido igualmente tão amado por ela. Posso dizer que, ao contrário do que sucede com muita gente, que nestes momentos expressam remorsos e concluem por não terem presenteado o familiar falecido com bastante amor, carinho, simpatia, atenção, tenho paz no meu coração por — apesar de algum afastamento meu a partir de 1991, em virtude da minha vida profissional, tendo saído da casa dos meus pais e passado a residir longe da Amadora, com visitas de longe em longe, curti (passo o termo) a minha avó velha. Aproveitei-a bem. Não posso dizer: não lhe expressei amor as vezes suficientes. Não sinto que lhe ficasse a dever alguma coisa. Não. Recebi e dei.
Chorei convulsivamente quando recebi a notícia do AVC, orei, clamei a Deus em desespero, lutei contra qualquer influência que Satanás tivesse nessa doença. Ao receber a notícia do desfecho, não chorei tanto. Era um desfecho previsível e natural, face ainda à ao quadro de arteriosclerose e diabetes, pois deste lado da eternidade ainda estamos sujeitos à morte física, apesar de Deus ser Senhor de milagres e da cura. E é possível que ainda venha a chorar… então, que chore tudo o que tiver a chorar, pois, se a vida continua, nem por isso se deixa de chorar quando se sofre uma grande perda.
É pois desta velhinha querida, a minha velhinha, que me despeço, que digo adeus no meu coração. Que descanse em Jesus tinha sido a minha oração por ela, pois quem quer que invoque este nome será salvo (Actos 2:20).
sábado, setembro 15, 2007
Mais bebés na família!
Grande geração de profetas se avizinha!
Parabéns ao Zé Fernando e à Zelinda!
domingo, julho 15, 2007
Primeira foto oficial do meu bebé
quarta-feira, julho 04, 2007
Vou ser pai

A Cristina está grávida, novamente. Vai em cerca de 12 semanas. Tudo bem, excepto que ela está com constantes indisposições, o que não deixa, no entanto, de ser normal. E vai, como se prevê, passar toda a gravidez de baixa, dada a natureza do seu trabalho, a 5 à sec, de pé, em esforço.
Glória a Deus!!! Em Outubro, morreu-nos a Melissa, aquela que teria sido uma abelhinha (significado deste nome em grego, e que sempre desejei dar a uma filha). Se de facto de uma menina se tratava — mas um dia dia a conheceremos, ressurrecta. Mas esta criança será nossa, pois é promessa de Deus para nós. E como João Baptista, protetizo que será cheia do Espírito Santo ainda em feto, e como Jeremias já é conhecida e foi chamada, para ministério profético.
Será a minha querida — assim desejamos — filha.
Na segunda-feira, a primeira ecografia.
Que alegria!
domingo, junho 17, 2007
Mariza no Luxemburgo

No sábado 12 de Maio, no Grande Auditório da Philharmonie do Luxemburgo, concerto integrando no programa de Luxemburgo capital europeia da cultura 2007. Sala cheia, esgotada desde havia muito. Público de Portugueses, Luxemburgueses e outros (ouvi falar espanhol cá fora) rendido. O muito mal que a Mariza fala francês está desculpado pelo português que falou e cantou poetas do seu país. Memórias da sua e nossa terra, com cheiros de África, na frieza desta Europa que descobriu este calor do fado. E nós, Portugueses, redescobrimos.
Que pena que outros não falem esta língua, que, "que com pouca corrupção crê que é a latina", como escreveu Camões (Os Lusíadas 1.33). Não sei, por isso, quem serve quem, se foram os poetas portugueses que escreveram para a Mariza os cantar, ou se a foi a sua voz que nasceu para os cantar.
Convite já para voltar no próximo ano.
Noite momorável para mim e a Cristina.
segunda-feira, maio 28, 2007
Finalmente, um milagre!
E se ainda o não pude relatar, foi especialmente por falta de tempo. Mas este é um motivo que bem mais se pode tornar desculpa, e ser revelador de alguma ingratidão. Porque o que é bom é para testemunhar, e o Espírito de Deus lembrou ao meu espírito as palavras da Escritura: não desprezar o dia das coisas pequenas, dos pequenos e modestos começos.
Estava eu para regressar a Portugal, pois nenhuma porta se abria aqui, e em Portugal tinha-me sido atribuído serviço numa escola em Mafra, como professor do quadro da zona pedagógica do Oeste, até ao fim do ano lectivo. Teria, na sequência, de concorrer para o próximo ano a afectação a escola. Após isso, e se tivesse de ficar em Portugal, a Cristina iria ter comigo em Setembro com a filah. Teria assim que o plano de Deus seria o nosso regfresso.
Deveria ser-me enviado um ofício por e-mail, a confirmá-lo. Regressar a Portugal era a solução menos desejada, por me obrigar a separar-me da minha mulher.
Como o ofício demorasse a chegar, o meu pai soube que tinha sido enviado para um endereço electrónico errado, por volta do dia 20 de Abril! Rectificado o erro, recebi novo e-mail da DREL no dia 2 deste mês, com instruções para me apresentar até ao final (sexta dia 4) dessa semana na escola. Consumava-se o facto de ter de partir para Portugal, e a tristeza da perda de todos os sonhos enchia-me a alma. Não só Deus porta alguma abrira, como também teria de me separar da minha mulher. A única coisa que consegui foi negociar com a escola, por telefone, pedir mais uma semana, pelo menos, para me apresentar, justificando o facto com motivos familiares e por residir no estrangeiro, tendo de fazer uma exposição por correio electrónico. Fá-lo-ia até essa sexta-feira. O possível regresso a Portugal, que aceitáramos pudesse ser a boa, perfeita e agradável (embora incompreensível e bizarra) vontade de Deus para nós, e por isso a ela só nos restaria a submissão era iminente. Eu compremetera-me a responder até sexta-feira. de E a dor agudizava.
E orávamos, há algum tempo, pelo milagre de uma solução para eu ficar. Cremos, e outros connosco, que o Senhor o poderia fazer, ainda que no limite. Não seria já o primeiro caso.
Na quinta-feira dia 3, dizia eu ao meu pastor, por telemóvel, que a minha partida era decisão necessária e tomada, liga-me a Cristina para po fixo, para me comunicar com urgência que o patrão de uma blanchisserie com que a 5 à Sec trabalha tinha ele próprio ido fazer as entregas à loja pois um dos empregados estava doente, e necessitava imperativamente de contratar um homem para serviço misto de oficina e entregas. Ficou eufórica! Logo ela falou de mim. E eu deveria apresentar-me, se quisesse, no dia seguinte, sexta, às 7h30, para trabalhar. Sem entrevista. Início imediato. A 4 de Maio.
Nas horas vagas — que agora são em menor número — lá me vou dedicando aos tais outros projectos.
quarta-feira, março 21, 2007
De volta a velhos projectos

Ainda à espera da porta aberta em termos laborais, estou de volta a velhos projectos. Designadamente, o da tradução da Bíblia, no âmbito da revisão da tradução interconfessional em Português corrente "A Boa Nova".
Couberam-me alguns dos apócrifos (ou deuterocanónicos) do Antigo Testamento, redigidos em grego (como não sei hebraico, nenhuma contribuição pude ter nos canónicos). No momento, ocupo-me do 2º de Macabeus.
Entre a leitura e a compreensão do texto grego, a comparação com outras versões (entre as quais as portuguesas dos frades capuchinhos e uma inédita da Sociedade Bíblica do Brasil) e a busca do melhor equivalente de cada vocábulo e de cada expressão, num português corrente mas primoroso, e que não traia, tanto quanto possível, a literalidade e literariedade do original, o trabalho prossegue, devagar.
terça-feira, fevereiro 27, 2007
Estado da NAÇÃO
"Parece impossível mas é verdade...Os dirigentes ...
Por Antónia Portugal - Lisboa
Parece impossível mas é verdade... Os dirigentes socialstas estão empenhados em criar um modelo de desenvolvimento do país baseado na mão de obra barata e precária ( ministro da economia); no sacrifício dos trabalhadores e das suas famílias ao trabalharem mesmo doentes e claro que nunca devem assistir familiares ou pensarem sequer em terem filhos e devem ter de preferência contratos precários (ministros da educação e da segurança social); no envelhecimento da população activa, sem a devida assistância médica - fecho de urgências e maternidades e no impedimento da renovação das gerações - desinsentivo à natalidade e apoio ao aborto - ( ministério da saúde)... ASSIM NÃO!!! Por este caminho, o país irá afundar-se e a sua população voltará a níveis de vida semelhantes aos do Estado Novo... SERIA UMA VERGONHA INTERNACIONAL..."
Lemos. Mas agora, como cristãos, não nos é encomendado que apontemos o dedo. Face ao erro, oremos pelos governos e principalmente por que Deus levante o Seu povo para cumprir a missão que lhe é dada: ser a luz, guia, condutora e segurança social das nações (Isaías 60).
Notícia de um futuro próximo: Aborto clandestino aumenta entre a classe docente
É o que decorre do resultado do referendo e das novas propostas do governo.
NÃO PERCA, JÁ A SEGUIR!
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
Comparticipações na saúde e aborto
Através de uma rápida pesquisa na internet, fiquei a saber que, ao saber, a a Associação Nacional de Farmácias teria conseguido conquistar o direito a escoar os stocks em armazém aos preços antigos, antes de pôr à venda os novos stocks aos preços novos. Uma estratégia de mercado que dará lucros tanto para o Estado (que assim desinveste na saúde) e para as farmácias, mas prejuízos para os pobres doentes.
O Estado se tem progressivamente descomprometido com o financiamento da saúde e das comparticipações sociais. Os doentes, especialmente os reformados, e os que sofrem de uma deficiência são os principais prejudicados. E com o actual governo a tendência se tem acentuado, em nome da redução do deficit.
Perante isto, pergunto o que pensam fazer caso o "sim" à "despenalização" do aborto vença o referendo de 11 de Fevereiro, e a maioria que sustenta o governo faça aprovar a legislação conforme a vontade expressa dos cidadãos que votarem. Em coerência, será de esperar que venha a haver alguma forma de comparticipação aos abortos livres — como existe em outros países. Além de se esperar que as listas de espera das instituições públicas de saúde para operações aumentem, na procura e no tempo de espera, uma vez que será necessário cativar espaços e recursos para os abortos até às 10 semanas, pois este tipo de intervenção é incompatível com longas esperas.
Ou então começaria por comparticipar, para depois reduzir tais comparticipações. Afinal, seria apenas mais um corte orçamental, como tantos outros, em tantas áreas. E a batalha pelo aborto "despenalizado" seria mais uma paixão de um governo de Portugal: forte, intensa, publicamente jurada, mas fátua, rapidamente esvaziada.
Como quer que seja, se o governo e o partido que o suporta não comparticiparem, ou se comparticiparem pouco, faltarão às promessas e frustrarão as expectativas lançadas na campanha, e a novo lei, deste modo, nada alterará quanto ao mal do aborto, clandestino ou legal. Pior será se mantiverem tais comparticipações, sustensadas pela inevitável redução de outras. Neste caso, foi quem os elegeu com esperança de mais atenção e sensibilidade social que se sentirá defraudado.
Com esta revolução, prepara-se a iniquidade de desinvestir na vida e de subsidiar a morte. Além de que, um dia (repito: se o "sim" vencer), quando se fizer o balanço, este será negativo. E o governo e os deputados da Nação apoiantes da "despenalização", hoje em exercício, serão responsabilizados?
Em França, onde existe uma lei de liberalização, e onde os abortos são comparticipados (como, repito, em outros países), já há quem deseje voltar atrás, dado o pernicioso efeito sobre a natalidade do país.
São questões simples, do mais elementar senso comum, da parte de alguém que socraticamente assume ignorância mas que se pergunta, que aqui deixo. Estou certo de que igualmente muitos outros já se colocaram este tipo de questões. Seria bom que os ingénuos defensores do "sim" pensassem e respondessem.
sábado, janeiro 27, 2007
Primeiras neves em Saulnes, Lorraine (Lorena em português) 26/01/2007

como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.
É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu! …" (em BALADA DA NEVE, de AUGUSTO GIL )
Após um começo de Inverno anormalmente doce, ei-la, a leve e fria neve.
Como Augusto Gil, também tinha saudades dela. No ano passado, por esta altura, já caíra, ainda que, como me contam, o grande nevão tenha sido em Fevereiro. Por esta altura, estava em Portugal, em Chaves, na planície, onde não nevara. Sim, só em pontos mais altos. E em Lisboa, e no Alentejo. Eu apenas a vira nos picos das serras.
E graças a Deus, ao contrário de Augusto Gil, que a saudade agora satisfeita da neve não deu lugar à visão desolada dos pés nus de criança enterrados nessa brancura fria, e à pergunta feita a esse Deus por que razão permitira tão injusta visão. A criança, aqui, bem agasalhada, está somente maravilhada, a posar solícita para a foto, e brinca.
Eu e Eunice (ou simplesmente Nice), minha filha (já não lhe chamo enteada) à porta da nossa casa.
quinta-feira, janeiro 18, 2007
Em que Jesus crer?
Dificilmente encontrarei uma afirmação tão lapidar a este respeito.
"Hoje, quase no vigésimo primeiro século da era cristã, nós temos uma decisão a tomar. A qual relato devemos dar crédito – ao das quinhentas testemunhas oculares que viveram naqueles dias, ou ao dos cépticos “eruditos” que viveram mil e setecentos anos depois dos acontecimentos? Se nossa decisão baseia-se na evidência e não meramente na aversão pelo sobrenatural, há somente uma escolha: Jesus de facto ressuscitou dentre os mortos."
(Tim LaHaye; Um Homem Chamado Jesus; UP; pp. 295)
sexta-feira, janeiro 12, 2007
Ano Novo
E fazemos planos, e escrevemos alvos e votos. Eu também fiz alguns.
Um deles é a resposta que busco de Deus à petição e à busca que tenho feito: emprego. Porque Ele diz e garante que quem pede recebe, e que quem busca acha. Que temos esta confiança: que Ele nos responde afirmativamente quando oramos segundo a Sua vontade. E que a toda semente produz uma colheita.
Creio e tenho confinça que a porta se abrirá — outra garantia dele. Que Ele mesmo a abrirá.
Só que seja bem depressa… Está a ficar carga para elefante carregar.
Mas com Ele, tenho mais força do que elefante. E creio que este será um ano de abundância para os que confiam nele.
Próspero ano para todos.
sexta-feira, dezembro 22, 2006
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Luxemburgo: aventuras no Grão-Ducado

O Luxemburgo é uma espécie de Índia, de Oriente na Europa, para os Portugueses. Um país próspero graças sobretudo aos recursos naturais (minas), à emigração (portuguesa principalmentem hoje de todo o mundo) e a ter-se convertido numa praça financeira. Sendo embora um dos fundadores da União Europeia, é na verdade um países muito fechado aos estrangeiros: para estes, os Luxemburgueses reservam os lugares de empregado, de comerciante, quando muito, mas para si mesmos os de administração, de chefia, de quadros. E há uma certa imagem de eficácia, de organização, de ordem luxemburguesa.
O que denota grande falta de humildade. A soberba procede a queda, como escreveu com acerto o sábio Salomão.
Com efeito, recentemente, essa imagem ficou seriamente abalada: um choque frontal entre dois comboios, um luxemburguês de passageiros e outro francês de mercadorias. Os inquéritos apuraram que a responsabilidade recaía totalmente sobre uma ordem dada do lado luxemburguês para mandar avançar o comboio luxemburguês, sendo que à mesma hora circulava outro no sentido contrário e na nmesma via, por motivos de inutilização por obras na outra.
E há outros pormenores que para mim são anedóticos. Não há um dia em que se não dê com uma estrada cortada ("route barrée"), apesar do estado geral impecável das mesmas, nem que seja para limpeza das bermas.
Mas o mais caricato sucedeu uma 6ª feira. A Cristina saiu às 9 para entrar às, num percurso de uns 60 km que, em hora de ponta, se faz no máximo em 1 hora. Demorou quatro horas…
Porquê? Mais uma das célebres "routes barrées", desta feita da A4, uma das principais vias de acesso à capital do Grão-Ducado. Tal obrigou a grandes desvios e horas e horas de engarrafamento.
E porquê? Para a colocação de novo tapete de asfalto? Não. Um grande acidente num dia de chuva ou gelo? Também não, estava dia seco. Caiu um meteorito em plena autoestrada, abrindo cratera no pavimento? Nada disso. Foi o arrebatamento, deixando algumas viaturas desgovernadas, repentinamente sem condutor? Tão pouco, ainda não foi o regresso do Senhor.
Então? Pelo que a Cristina soube mais tarde, resolveram nesse dia instalar radares para controlo de velocidade na estrada…
Imagine-se, uma 6ª feira, ainda dia de trabalho, cortar uma estrada que milhares de pessoas utilizam diariamente para ir trabalhar. Não foi de noite, nem em fim-de-semana, mas em dia laboral. A Cristina, em vez de pegar às 10, pegou às 14h. Resultado: quatro horas que não trabalhou, outras tantas que não recebe (pois trabalha à hora).
Imaginem os caros leitores da região de Lisboa (faltando-me referências de vida no Porto, penso talvez na VCI) se se cortasse completamente a Segunda Circular, um dia de semana, o caos que não seria, e para muitos (empresas e empregados) um dia praticamente perdido!!!1
Pois isto aconteceu no Luxemburgo, paradigma do orgulho do Primeiro Mundo e do culto do material na Europa central.
Evidentemente que sempre é possível ver o lado positivo e divertido das coisas. Eu poderia dizer que se calhar os Luxemburgueses quiseram ser cordiais os Portugueses, pois essa 6ª foi dia 1 ou 8 de Dezembro (não posso precisar), feriado nacional em Portugal, e que, como a maioria da força laboral do país é originária do país de Santana Lopes e José Sócrates, e presumiram que, por essa razão, os Portugueses fariam feriado nesse dia, pelo que a estrada estaria com uma circulação de domingo. Se assim foi, deveriam ter avisado a Cristina para ela não sair de casa nesse dia!
Outro aspecto irónico: escolhendo esse dia para instalar os radares de controlo de vecolidade, conseguiram-no: a velocidade foi, pelo menos nesse dia, controlada e de que maneira!!!
Os Franceses costumam contar anedotas de Belgas, como os Portugueses de Alentejanos ou os Brasileiros de Portugueses (hoje já há do contrário). Autores de anedotas, eis um novo motivo para a vossa imaginação: os Luxemburgueses!
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Kirk Franklin, Brighter day
When i close my eyes i think of you
And reminisce on all the things you do...
What you did on calvary
Makes me wanna love you more!
I never knew
I could be so happy
I never knew
I'd be so secure
Because of your love
Life has a brand new meaning
It's gonna be a Brighter day
Nothing can compare to the joy
You bring,
And ever lasting love affair
Jesus, my life will never be the same.
I found some one who truly cares!...
I never knew
I could be so happy
I never knew
I'd be so secure
Because of your love
Life has a brand new meaning
It's gonna be a Brighter day
Brighter day, Brighter day, Brighter day,...
Brighter day, Brighter day, Brighter day,...
terça-feira, dezembro 05, 2006
Presley

Este é o Presley, o cão do Tiago, filho do meio da Cristina e adoptado como cão familiar. Tem um irmão chamado Elvis, que vive na Gafanha de Aquém, Portugal, com a mãe de ambos. É pequeno, da raça "pincher". Quando andamos com ele na rua, chamam-lhe um "chihuahua". Mas este último tem as orelhas maiores e a cara redonda. Tem entre três e quatro anos.
É tranquilo e faz boa companhia.
Como os da sua espécie em geral, é boa companhia, fiel e com sentido de guardião da casa e tem audição e olfacto apuradíssimos. Basta chegar-lhe às narinas o odor ou aos ouvidos o quase inaudível som dos passos de alguém que simplesmente passou do outro lado da rua que já começa rosnar e a desloca-se à porta pondo-se a ladrar. O pior é quando alguém se chega mesmo à porta ou entar (carteiro, um colega do Tiago, um familiar). Chega a ser preciso fechá-lo na casa-de-banho.
A Eunice é quem mais o entretém, o aperta, o esmaga nos braços, o atira ao ar, o pega pelas patas posteriores, inventa danças com ele. Eu não lhe fico muito atrás. O cão aceita com paciência as brincadeiras. Não sem uma ou outra rosnadela à Eunice, especialmente quando ela se chega à nossa cama e o vem acordar. A Cristina, por sua vez, não deixa de o tratar bem o cão, mas não tolera lambidelas, não brinca com ele. Ele, porém, adora-a. Tem preferência por descansar no colo e nas pernas dela. Na semana em que ela esteve de baixa, a abortar, não se apartava dela, percebendo certamente que ela se achava doente. Em contínua vigília por ela.
Mas isto é comum à maioria dos cães, pequenos ou grande, de todas as raças e feitios. O que tem, porém, este de excepcional?
Normalmente, dorme na minha cama e da Cristina. O Tiago leva-o para o quarto dele, mas ele lá se escapa de noite e vem enroscar-se no nosso edredon, às vezes metendo-se por baixo dele e cobrindo-se todo com ele, como se fosse uma mortalha. Admiro-me que não sufoque. Ou encaixa-se nas cavas das nossas pernas. Na sala ou na cama, tem preferência por almofadas e faz delas o seu colchão, dando voltas até se colocar na posição mais confortável.
Quando está aflito para ir à rua, chama-me, eu o seu habitual companheiro de passeios: levanta-se, põe-se em bicos dos pés e com a coloca as patas anteriores nas minhas pernas, chia um pouco, guincha e geme outro tanto. Ponho-lhe a trela e saímos. Ele trota, fareja, funga, pára num outro ponto, lambe. E funga mais e fareja mais ainda. Levanta a pata aqui e ali e faz chichi. E eu só à espera que se despache e faça cocó, para dar por cumprido o objectivo do passeio…
É um cão fedorento, de tal modo que teria dado uma inspiradíssma série televisiva de humor. Mas a característica mais marcante é não ter sido especialmente dotado de inteligência. Eu até alvitrei que talvez seja descendente de um galináceo (o que confirmaria a evolução das espécies…).
Quando precisa de fazer necessidades e está em casa, vai normalmente de madrugada, e em pontos estratégicos: a um canto da sala atrás de um sofá, nos quartos do Tiago e da Eunice (filha da Cristina), na cave, na casa-de-banho, e também já nosso quarto. Ainda se tentou castigá-lo para o corrigir, quando fazia necessidades em sítios que não a casa-de-banho. Pegava-se no cão, levava-se e fazia chegar o nariz e as patas aos presentes deixados, e uma palmada. Adoptou-se, em complemento, o castigo de uma ou duas horas de estágio na cave, de porta fechada. Ora o cão continuava a fazer chichi e cocó nos mesmos sítios. Repetia-se o castigo. Mas nada aprendeu. Certo dia, fez na casa-de-banho. Mais uma vez, confrontei-o com a obra feita. Mas não para o repreender, antes para o elogiar por ter dessa vez ter escolhido a casa-de-banho. Então, ele, achando a porta da cave aberta, desceu. Teria pensado que, mais uma vez, estava de castigo e que a rotina o levaria a mais uma temporada na cave. Deixei a porta aberta mas não subia. A única maneira de o tirar de lá foi mesmo ir buscá-lo. Afinal, ou ele é completamente mentecapto, ou ainda tem alguns neurónios!
Durante algum tempo, andava com constantes erecções. Não havia maneira de aquela coisa vermelha (o seu pénis) recolher ao respectivo saco de pele. O cão ainda é virgem, sabem, e o apelo da maturidade sexual gritava como nunca. A visão ou o cheiro de uma cadela, um cão ou até um gato fazia-o chiar muito, guinchar e gemer outro tanto. Levá-lo à rua era um risco e escândalo certo. Detectado outro animal, tínhamos de o segurar para não se lançar ao seu encontro. Um veterinário alvitrou que deveria ter elevados níveis de testosterona e, para aliviar o sofrimento (que tendencialmente continuaria), sugeriu a castração. O dono não queria. Certo é que, quando o dono chegou de férias, acalmou. Por coincidência, é verdade, mas talvez também lhe cheirasse a lua-de-mel entre mim e a Cristina no primeiro mês de casamento. Quando eu e ela nos aproximávamos, começava por rosnar contra tal intimidade. Eu ainda era cão novo na matilha, tentando ganhar a fêmea dominante. Depois, como o enxotássemos, passou apenas a reclamar um pouco de atenção, como uma criança ciumenta, ou simplesmente se tornou indiferente, e de outra vez retirou-se, de mansinho… Deus seja louvado, mais um neurónio revelado!
Apresento-vos o Presley.
quinta-feira, novembro 09, 2006
Huguenotes

Espero lá voltar em especial por causa de uma exposição, intitulada "Huguenots : de la Moselle à Berlin, les chemins de l’exil", que decorrerá de 10 deste mês a 10 de Março.
Para quem não sabe, os Huguenotes foram grupo de influentes protestantes calvinistas franceses. Uma importante comunidade vivia precisamente em Metz e na região da Lorena (Lorraine).
Ferozmente perseguidos pelo catolicismo, dentre os não aceitaram abjurar da sua fé e reconfessar a fidelidade ao Papado, muitos fugiram para os vizinhos estados alemães, contribuindo assim para a prosperidade destes.
Outros, porém, pagaram com a vida. No dia 24 de Agosto de 1572, dia da festa católica de S. Bartolomeu foi dada ordem do palácio real, e iniciou-se o célebre massacre, intensificado pela cólera popular. Calcula-se que, até ao fim do mês, foram selvaticamente mortos cerca de 30.000 pessoas. Este massacre ficou para a memória como uma das páginas mais hediondas da história de França e das guerras religiosas na Europa.

A exposição centrar-se-á sobre os que fugiram para a Alemanha.
Reunião de Metz
Situação muito, muito semelhante à portuguesa. Onde igualmente o latim e o grego estão moribundos.
Deram-me indicações de contactar dois investigadores e professores que trabalham no meu domínio específico (retórica antiga). Mas um trabalha numa universidade em Estrasburgo e outro em Créteil, região parisiense. Um a 200 km o outro a quase 400 km. Enviei mails, mas ainda nenhuma resposta.
E o relógio bate pesadamente os meus segundos, sem emprego.
Deus, qual é a porta a bater e que se abrirá? Sim, não falhas. Mas conduz os meus passos para entrar em becos ou meter-me por labirintos. É preciso economizar dinheiro e tempo e esforço. Leva-me ao ponto preciso, à porta que destinaste abrir.
Se calhar ainda vou trabalhar bem longe do que tenho no meu coração e nos meus projectos, que é ensino e investigação. Num banco? Pois. Quem sabe.