O actual governo entrou como um leão, voluntarioso, anunciando reformas e moralizações que causariam a ira de uns e o benefício de todos. Delimitaram-se umaas quantas corpororações dependentes do Estado como as grandfes culpadas do défice (professores, função pública, enfermeiros, militares, juízes, políticos) e apregoou-se a moralização geral. Eis senão quando emergem como borbulhas alguns casos de excepção nesse tão apregoado programa ético.
Contrariam-se as promessas de subir os impostos, falhando-se a criação dos prometidos 150 mil novos postos de trabalho. Casos casos como a nomeação de membros do partido do governo ou ligados a ele, e que foram membros de anteriores governos do emsmo partido, para cargos estratégicos (Fernando Gomes, ex-autarca e ex-ministro sem emprego, para a GALP, Guiherme de Oliveira Martins, ex-ministro, para a Presidência do Tribunal de Contas). Mais recentemente, a descoberta de que o Secretário de Estado da Educação, membro da equipa ministerial que mais mal tratou os professores em Portugal, difamando-a como um grupo em geral de gente que falta ao trabalho, afinal, tem no currículo faltas injustificadas enquanto foi vereador da câmara municipal de Penamacor; que a direcção do Centro Cultural de Belém foi demitida por ter discordado da criação de uma fundação a dentro dele, com o propósito de gerir e manter a colecção de arte de Joe Berardo, o que implicaria a criação de mais um mastodonte burocrático do género, e que para o lugar do demitido presidente teria sido convidado António Mega Ferreira, escritor, gestor da Parque Expo com o resultado desastroso conhecido e próximo da área do partido do governo (convite que o próprio negou existir). Ainda o caso de Pina Moura, como gestor de uma empresa espamhola com interesses na EDP e que teria sido preferida pelo próprio quando foi ministro. Ou a da atribuição de uma gorda indemnização por parte do Estado a uma empresa em que participa José Lello, ex-membro de governo, indemnização a que não tinha direito e que tinha sido vigorosamente negada por Cavaco Silva, quando Primeiro-Ministro…
Enfim, casos que não nos poderão admirar, pois a massa humana, e a cultura lusa, é a mesma e transversal aos partidos, à educação e aos estratos sociais. Porque não lembrar os casos dos vencedores "independentes" de eleições autárquicas Isaltino Morais, Valentim Loureiro e Fátima Felgueiras, heróis desta república de pacotilha?
Como ter ilusões? Nós, os cristãos, não conhecemos já suficientemente bem as advertências do Livro da Sabedoria de Deus, a Bíblia, e as lições da História? Acreditamos que um novo Presidente da República da área da nossa preferência, o centro-direita, será o anjo enviado pela providência divina, ou um Messias, ou um D. Sebastião que inverterá o rumo em direcção à glória?
Penso que não. Já sabemos o que cremos e queremos. Orar pelso titulares de cargos governativos e do Estado, por que o Deus que tudo pode mude os corações, e por que Ele promova a esses lugares homens e mulheres que o conheçam e o temam: para os tribunais, para os ministérios, para as empresas tanto do sector público como do privado, para as autarquias. Deus, o temor e o amor de Deus são a fonte de toda a ética, e da perfeita e infalível. Não depende de bons princípios morais, que nada alteram pela corrupção da vontade humana, mas estriba-se na transformação e renovação operadas na natureza, na substância, no carácter e na vida de cada indivíduo. De bons princípios morais está o inferno repleto!
Em suma, sabemos que só quando a nação portuguesa se entregar a Jesus Cristo será viável. Atrevamo-nos a proclamá-lo.
2 comentários:
Concordo totalmente. Mas primeiro é preciso que nas Igrejas haja uma liderança capaz de também ser um exemplo nisso tudo. Será que há?
Humm… humm… talvez ainda não. mas há uma promessa de Deus nesse sentido. Ele disse que os justos herdariam a terra. E há, com efeito, um esforço, uma entrega diária de todos nós.
Como é possível que somos já, de facto, o país da UE com mais baixos índices de desenvolvimento, mesmo incluindo os novos 10?
O que falhou e ainda está a falhar?
Talvez não seja estranho a isto que, desde D. João IV, se consagrou Portugal à "Nossa Senhora", consagração que se tem reiterado. Feliz a nação cujo Deus é o Senhor…
Mas talvez não explique tudo. Os nascidos de novo trazem para a vida cristã mentalidades da vida a.C. (antes de Cristo). Daí a necessidade renovar a nossa mente, como escreve Paulo.
Mas ainda acredito que somos mesmo a luz do mundo, e que brilhamos mesmo que tenuemente, sem nada fazermos ou dizermos, ainda que não brilhemos no nosso testemunho. Glória a Deus: isso depende d'Ele em nós, e não de nós mesmos! Todavia, n nos iludamos: se ficarmos totalmente na penumbra e n brilhando com a simplicidade de Cristo, n estamos a fazer gd coisa. Só com a nossa vida em ordem diante de Deus, dos homens somos luz. Temos de ir, com a consciência de que os anjos nos contemplam e Pai olha para nós com expectativa (as nuvens de testemunhas de Hebreus 11)
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