À memória de Sophie Scholl
(1921-1943)
Nasceu uma rosa na Alemanha
nasceu branca, de um branco
que encandeou os olhos
dos que a colheram
nasceu íntegra numa madrugada
sábia, de uma sabedoria
que perturbo os lábios
dos que a segaram
que perturbo os lábios
dos que a segaram
não correu, como rosa que era voou
presa no caule, livre nas pétalas
com o vento por aliado, não há paredes
que retenham o aroma
Deus é o artista que lhe apura o perfume
precisava de uma rosa a Alemanha
branca, para lavar os olhos
Rui Miguel Duarte
26/10/12
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