A semente saiu da mão
partiu para onde a levasse
a ausência de asas
pois não foi destinada
a ganhar raiz
nos bicos dos pássaros
rumou para uma terra qualquer
mas não foi destinada
a perder-se no anonimato
dos espinhos
nem a fundir-se com o sol
nas pedras
ao ser lançada, foram-lhe
dados pela mão ângulos no voo
e assim partiu ela incendiada
no vento por uma terra, essa terra
que a escolhesse,
a semente partiu da mão
e encontrou quem lhe desse
raiz um leito e água
onde ela morreu, sonhou
e a sua alma subiu
com carne de árvore
12/08/11
2 comentários:
Paz, gosto desse tipo de poesia, até fiz uma, legal o teu trabalho. Se puder faz uma visita no meu blog.
Marcos André - Professor
TEMPO DE PAZ
http://umtempodepaz.blogspot.com/
Certamente, meu amigo. Abraço.
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