“Le plomb que le cerisier
met aux ailes de la barbarie”
René Depestre, in “Voyage à dos de cerisier 3”
o chumbo que se mistura
com as asas da corrupção
não mata a promessa
feita solenemente ao meu poema
de sair à rua com a luz levantada
das espaldas
o meu poema é português
chega-me no vinho
e nos sons indiferentes do oceano
e basta-lhes que as flores
da cerejeira lhe pintem o tempo
estou grato porque sei
que nasci com um destino:
quando as asas se abrirem
nas flores do meu país
viajar ao fundo da beleza
Rui Miguel Duarte
17/05/12
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