“…para amar queria a terra toda, para morrer bastam-me os flancos do silêncio”
Eugénio de Andrade, “Seja isto dito assim” (Memória doutro rio)
para navegar
toda a água é oceano
e o astrolábio é navio
para cantar todo o corpo
é peito e fornalha na voz
se quero rir tiro a máscara antiga
se quero sonhar estendo o coração
para lá das ruínas
para morrer tão pouco me basta
que os olhos se calem sobre o teu flanco
para te amar uma ilha é ainda pouco
só me chega a terra toda
09/10/11
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