o teu nome não fala de ti
das areias de ouro da Foz
o teu nome é de duro sangue
houve pontes que fizeram
de barcas para dar aos pés voo
sobre as águas que as agitavam
os rapaces Franceses
depois outra ponte
caiu e veículos de gentes
pelo remoinho
as águas fecharam-se
não se prestaram ao prodígio
que deus ou serpente cruel
se esconde no fundo da corrente
e nos fecha a vista
e nos perde as lágrimas?
ao vinho porém te dás
mas da terra é o sabor
e o céu e os vales
as testemunhas
dessa união
nos meus lábios
ao abeirar-me de ti
no bulício da Ribeira
degusto o silêncio
ao passar-te sobre a ponte
reconquisto então o sangue
serenamente
11/05/11
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