Com autorização do pastor, dirigi-me à frente e transmiti a lição que o Espírito de Deus me dera a respeito da almofada de Jacob.
– Irmãos, enquanto o pastor ministrava, recebi no meu espírito uma mensagem de Deus. Foi ao lermos o trecho que nos relata como Jacob dormiu com a cabeça pousada numa almofada de pedra, e após um encontro com Deus num sonho ergueu, com essa pedra, um memorial ao acontecimento e declarou ser aquele sítio “Casa de Deus”.
Ora, para Jacob chegara a hora de descansar. Deteve-se, fez uma pausa na sua jornada. Não insistiu em prosseguir. Anoitecera, tudo em redor escurecera, cessara o tempo de caminhar, era o tempo de dormir. Nesses épocas, vivia-se de sol a sol: acordava-se com o nascer do astro e ia-se para a cama no seu pôr. Não havia estradas nem grandes postes de iluminação pública. Dependia-se dos luminares do céu nos caminhos, e de archotes e lucernas a azeite ou petróleo, no interior como no exterior de casa.
Jacob deitou-se e descansou, pura e simplesmente.
A experiência pessoal ensina-me que é quando mais invocamos tarefas urgentes e inadiáveis, no trabalho ou em casa, compromissos familiares ou de outros tipos, e que é quando mais nos embrenhamos neles que menos conseguimos realizá-los. Que mais nos perdemos em atalhos, que mais vagamos de um lado para o outro, quais barcos à deriva. Ou, como se diz em linguagem comum, quais baratas tontas. O activismo faz perder o foco e arruína a estratégia previamente definida. O resultado disso consiste em quebra de produtividade, canseira e mais tensão, vulgarmente designada por stress.
Quem poderá não perceber que esta descrição é uma boa descrição da sua própria experiência?
Ora, Jacob descansou, e a pedra de descanso foi o fundamento da edificação da Casa de Deus. Descansar, quando tentados a nos escusarmos precisamente com o cansaço, é vir e estar na Casa de Deus.
Esta foi o teor da meditação que partilhei com os irmãos. O pastor levantou-se, agradeceu e comentou, em conclusão:
– É bom saber que a Casa de Deus é lugar de descanso.
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