Nova vida, abundante vida, tudo quanto pode proporcionar um encontro pessoal e radical com uma pessoa especial. A contracultura da nova criação, em Jesus Cristo. N.B.: Este blog está em desacordo com o chamado novo acordo ortográfico de 1990.
sexta-feira, agosto 25, 2006
As entranhas em brasa 1: a caminho de Emaús
Certo dia, após a ressurreição, Jesus apareceu a dois homens que faziam a pé o caminho para Emaús. Eram seus discípulos. Juntou-se-lhes na sua caminhada, talvez na expectativa de que o reconhecessem e de sondar se ainda O lembrariam, se falariam d’Ele, se sentiriam saudades d’Ele. Talvez para saber se esperavam a Sua ressurreição, de que Ele tanto falara como sequência do mero trânsito da Sua morte, ou se se teriam rendido a esta como o desfecho irremissível de bons e três anos e meio de grandes e tremendos feitos e maiores esperanças. Sobretudo, para lhes dar a boa notícia de que Ele estava vivo.
Esse homens tinham igual perspectiva à dos demais homens e mulheres que haviam seguido o Mestre: a morte de Jesus, que criam ser o Messias, fora prematura e deitara por terra todas as esperanças. Havia, porém, ainda uma saudade, e por isso conversavam ainda sobre o assunto. Recordariam com saudade os bons momentos passados juntos. Com dor e ódio aos opressores do Sinédrio e de Roma, os maus. Reviveriam o julgamento, a flagelação, o caminho do Gólgota e a crucificação. Os acontecimentos eram recentes, e por isso as emoções neles sentidas eram ainda frescas, em efeito de ressaca.
E Jesus mudou-lhes a perspectiva: a morte de que falavam não fora o fim, e que esse Ungido que choravam ressuscitara, e que tal fora anteriormente predito nas Escrituras, vez após vez. O sujeito desses acontecimentos dirigia-se-lhes como se fosse um viajante que apenas por rumor oral ouvira falar neles. Completamente alheio e distante relativamente a eles, mas mostrando tê-los entendido melhor, bem como as profecias que os antecipavam, do que os seus próprios espectadores. Mas não reconheceram quem lhes falava. Talvez pensassem que era um rabino sábio e santo. Mas não o reconheceram. A não ser pela forma como ele partiu o pão, quando se sentaram à mesa para comer e descansar da viagem. Não pelas Suas palavras, mas por um gesto. Jesus sai das duas vistas. Tudo indicava quem fosse Ele! Só Ele falava assim dos Textos Sagrados e da missão do Messias, e conseguia fazê-lo de forma tal que era impossível alguém ficar indiferente e não se sentir provocado. E, com efeito, foram de tal modo provocados pela explicação que aquele companheiro de viagem lhes fez das Escrituras que o seu coração ardia!
(continua)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
todos somos assim às vezes...
não vemos o que está á frente do nosso nariz...
porque simplesmente olhamos apenas com os olhos da razão!
God bless you.
T.
Sim, provavelmente por isso e
Enviar um comentário