O tenro corpo
firmado na sela
Uma pequena mão adestrando pela rédea
o minúsculo grão de ar
da apreensão e do espanto
A outra mão não se retém
de pousar uma festinha
no enriçado da crina
E a menina trota
trota o pónei
gentil
A vozinha canta uma ordem
e o pachorrento bojo da montada
desliza sobre os cascos
num chão de seda
E a menina trota
trota o pónei
suave
Nesse trote que podia
tornar-se galope
embrenhar florestas e rasar planícies
contornar vales e transpor penhascos
ou riscar uma nuvem no espaço
mas que trota e risca apenas
a abóbada do nosso olhar
11/12/09
Sem comentários:
Enviar um comentário