“Donec eris felix multos numerabis amicos”
Ovídio, Tristia 1.9.5
Enquanto fores
algo mais do que uma nuvem
e te não contentares
com a chuva no rosto
mas tiveres nas mãos a chave do sol
e fores o deus dos espaços largos
não te contarão entre os que
cavam a terra com os dentes
enquanto fores
nos teus lábios
o espectro do arco-íris
porém, quando fores poeta
deixarás de ser rico
para ser só poeta
livra-te
de te encantares com o canto
e o allegro em plena orquestra
não te assombres do aplauso
dos teus amigos, muitos
ainda terás
as pedrinhas lançadas ao rio
contadas uma a uma
e por céu as águas
baste-te isso
reconhece-te nelas
como o teu reflexo
15/12/10
8 comentários:
não nos encante a soberba
ante uma fresta de Luz
onde ouvir o silêncio
do outro um pouco d amor
nos baste cultivar dentro
pelo tanto que
recebemos reflectindo Deus
POETA (Grande o BEM que partilha... nos serve e espelha )
tudo podemos sem a soberba
ante a fresta de Luz
onde nos baste o silêncio
um pouco
d amor ao outro
por tanto
que recebemos
d água salvifíca
onde nos reflectirmos
(é um BEM grande a sua entrega, em harmonia...)
Ao ver-se refletido nas águas, o poeta-narcísico enxerga-se disforme, o remoinho das águas agiganta-lhe as proporções em ondulações constantes. Seu rosto passa a assemelhar-se aos de muitos.Porquanto o poeta dilatará a sua humanidade passando a falar aos que nele também se espelharão. Desse ponto de vista, o movimento do poeta deve ser o de olhar em volta, distanciando-se de si mesmo anti-narcisicamente.
Ao ver-se refletido nas águas, o poeta-narcísico enxerga-se disforme, o remoinho das águas agiganta-lhe as proporções em ondulações constantes. Seu rosto passa a assemelhar-se aos de muitos.Porquanto o poeta dilatará a sua humanidade passando a falar aos que nele também se espelharão. Desse ponto de vista, o movimento do poeta deve ser o de olhar em volta, distanciando-se de si mesmo anti-narcisicamente.
Ao ver-se refletido nas águas, o poeta-narcísico enxerga-se disforme, o remoinho das águas agiganta-lhe as proporções em ondulações constantes. Seu rosto passa a assemelhar-se aos de muitos.Porquanto o poeta dilatará a sua humanidade passando a falar aos que nele também se espelharão. Desse ponto de vista, o movimento do poeta deve ser o de olhar em volta, distanciando-se de si mesmo anti-narcisicamente.
Ao ver-se refletido nas águas, o poeta-narcísico enxerga-se disforme, o remoinho das águas agiganta-lhe as proporções em ondulações constantes. Seu rosto passa a assemelhar-se aos de muitos.Porquanto o poeta dilatará a sua humanidade passando a falar aos que nele também se espelharão. Desse ponto de vista, o movimento do poeta deve ser o de olhar em volta, distanciando-se de si mesmo anti-narcisicamente.
@Júlia, gostei dessa análise, que foi longe, bem longe, no acompanhamento do movimentos da alma do poeta. Cumprimentos de poeta e de fraternidade em Cristo.
@Helena, obrigado pelos versos.
No FB deixou de ser possível comentar. O botãozinho em baixo, onde se clicava após a redacção do comentário, desapareceu. Tanto mudam e inovam que estragam…
E até o blogger está a bater mal, pois publicou o comentário da Júlia em quadriplicado.
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